Escolha o seu canal!

A televisão (nunca boa aos domingos) é um veículo de comunicação fantástico. Zapeando de um canal a outro podemos encontrar curiosos usos das mesmas expressões e conceitos.

Numa novela qualquer, de qualquer canal, de qualquer horário há sempre uma adolescente que é incompreendida pelos pais. No seu desejo infinito de felicidade, descobre que a dita (felicidade) mora ao lado, e que jamais passaria para visitá-la em casa. Sua casa, sua familia são um estorvo para sua liberdade. São uma barreira para qualquer coisa que ela queria fazer (independente da realidade objetiva dos seus atos indicarem se eles são bons ou ruims).

Click - mudei de canal.

Num noticiário qualquer, de qualquer canal, de qualquer horário, noticiou-se a libertação dos irmãos Cravinho, assassinos do casal Richthofen. Um dos irmãos afirmou que Suzane, mentora do crime, agiu assim por que seus pais não lhe davam nenhuma liberdade. Suzane só era livre e acolhida junto da família Cravinho...