Roberto Shinyashiki nos avisa: "Cuidado com os burros motivados"!
Pode parecer assunto velho, mas essa entrevista com Roberto Shinyashiki, publicada na Revista ISTOÉ em 19/10/2005 é extremamente útil para todos nós que estamos querendo começar esse Novo Ano sem cometer aqueles mesmos e, muitas vezes absurdos, erros!
Em certo ponto da entrevista somos deparados com um estereótipo onde, hoje em dia, as pessoas se permitem apenas imitar aqueles grandes indivíduos que se tornaram bem sucedidos em entrevistas onde buscam empregos em quaisquer empresas, contudo Shinyashiki nos brinda com um exemplo maravilhoso:
"Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei na hora."
Quando questionado pela ISTOÉ, a respeito do por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência, Shinyashiki responde de maneira admirável:
"Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta. O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: “Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham.” Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo. A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado."
Tudo isso é para nos lembrar que não adianta ficar esperando que as coisas aconteçam, é necessário que cada um de nós faça a sua parte, e da melhor maneira que puder: Quem vai mudar o Brasil somos nós, quem vai fazer o time ganhar somos nós também. Deus vai nos ajudar com certeza, mas já passa da hora de trabalhar para mudar o futuro, para que esse mesmo futuro seja o que esperamos dele!
"Confie em Deus, mas feche bem o seu carro!" Faça o seu futuro!
Para ler essa entrevista com Roberto Shinyashiki, na Revista ISTOÉ na íntegra clique no link abaixo, vale a pena:
http://www.terra.com.br/istoe/1879/1879_vermelhas_01.htm
4 Comments:
Excelente entrevista. Acho que é por aí mesmo. Existe uma pressão muito grande por ser o que não somos, por seguir caminhos que não são os nossos, por fazer o sucesso determinado pelos outros, para ser feliz do jeito padrão. Sonhos inatingíveis que levam cada dia mais pessoas a frustração. Seja você mesmo e escolha os seus caminhos.
Isso me lembra uma fábula do Osho:
Certa vez um rabino e seu aprendiz estavam acampando em um oásis e aprendiz perguntou ao mestre sobre fé, ao que o rabino respondeu que fé é confiar que Deus tomará conta da gente.
Então o rabino disse para o aprendiz cuidar dos camelos enquanto ele ia armar a tenda.
O aprendiz levou então os camelos para beber água. Logo após, ele ia amarrá-los, mas desistiu, preferindo fazer uma prece para que Deus tomasse conta dos animais à noite.
Pela manhã os camelos haviam ido embora, então o rabino perguntou ao rapaz:
- Por que não amarrou os camelos?
- Porque tive fé e confiei que Deus tomaria conta dos camelos pra mim.
Então o rabino respondeu:
- Mas Deus precisava de suas mãos naquele momento para amarrar os camelos.
Aí é que está: não adiante sentar e esperar, é preciso colocar as mão à disposição de Deus.
Interessante a pergunta da IstoÉ sobre o motivo de queremos se perfeitos em tudo e nos levarmos pela aparência. Mas seria necessário distinguir duas situações: o desejo de sermos perfeitos e o fato de nos levarmos pela aparência são coisas muito diferentes.
O desejo de perfeição, de felicidade, é perfeitamente humano. Já que se falou em Deus aqui, então, na mesma linha, podemos pensar: nosso desejo de ser mais é, no fundo, desejo de encontro com Deus. E isso é natural, pois foi para isso que fomos criados.
Nada tem a ver com se levar pelas aparências!
Dizer que podemos perceber a essência do ser humano pensando na Rainha da Inglaterra com diarréia é bastante infeliz. É essa a essência do ser humano? Onde está o espeficiamente humano?
Falando novamente em Deus - não fui eu quem começou - a essência é essa: fomos criados à imagem e semelhança de Deus.
Poxa, que interessante! Gostei tb da sua abordagem x)
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